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sábado, 12 de janeiro de 2013

Relações e ciclos...



É cíclico, transitório, passageiro...
Todas as nossas relações ou a maioria delas sofre com o desgaste do tempo, distância, ausência ou até mesmo com presença em excesso mas o questionamento é: até onde e porque?
Porque algumas pessoas, cujas quais pensamos conhecer por anos e anos se afastam ou deixam que seus valores, ou seus juízos de valor se enveredarem para um caminho onde o ontem não tem importância e sim o que aconteceu agora pouco sem pensar que outras pessoas, neste ciclo podem ter sido banidas?

É muito complicado entender o que se passa pela mente humana; desejos, questionamentos, anseios, interesses, medos, dúvidas e tudo mais que a rotina nos apresenta e nos exige uma solução. Porém, não consigo entender, na lógica de vivências, convivências e laços construídos o porque algumas relações se desgastam ou se fazem desgastar pela figura de alguma das figuras envoltas na relação.

No traçado de nossas vidas, conhecemos pessoas, nos separamos de outras; algumas pegamos como nossas bases, escudo protetor para os acontecimento da vida e a estes nomeamos como sendo os melhores, favoritos, preferidos e aos outros, ainda que tenhamos um afeto ou intimidade, intitulamos de colegas, companheiros até o momento em que a necessidade aperta, o calo dói e nos vemos ou sozinhos ou cheios de pessoas que nos consideram em volta. Há aqueles que nunca poderemos contar, pois são oportunistas, interesseiros, limitados em sua gênese.

Estreitar laços requer discernimento, determinação, abdicação de valores e de um pouco de egoísmo em prol do contato, da relação, da intersecção de valores e interesses comuns que se faz. É como um rio que deságua no mar e todos os demais que o fazem em um modo cíclico. Desses laços originam-se relacionamentos que geram outros laços sem deixar, ou ainda que fiquem no passado sejam sempre lembrados e queridos e queridas as relações e laços feitos.

O que choca é a banalização das relações, a prática explícita do interesse que não se faz mais oculto; o jogo é claro e a regra mais ainda, pessoas se aproximam de outras, em sua maioria, pelo que aquelas que possuem mais meios ou influências possam oferecer e não mais se limitam em esconder ou "maquiar"
O feito; seja nas igrejas, nos escritórios, colégios e família as pessoas manifestam o interesse de passarem uma imagem que lhes seja confortável e prática na conversão de algum interesse.

Questiono-me o porque tal teatralização dos sentimentos, das relações e dos laços antes tão valorados, priorizados mas que há tempos não fazem sentido ou despertam uma carga de reflexão no ser humano. Antes um "eu te amo" demoraria meses, quiçá anos para ser dito, recitado por um casal e o que vemos agora é a pura expressão ou convencionalização das relações; diz-se o que deseja ouvir, faz-se de tudo para que o outro aja de maneira a agradar uma pequena "massa" de mesma patente ou afins para que no fim, a elite continue elite e a plebe, mesmo que elevada á alguma coisa continue a sê-la.

Relações vazias, pautadas na momentânea relação do interesse, do conveniente, do momento estão ais fortes, quiçá vigoroso em um momento em que os sábios se questionam e contestam e os ignorantes se fazem certos de suas opiniões, seguros de si e das besterias que cometem.

Enfim, até onde há valor numa relação, num ciclo, numa historia? Qual o valor se emprega e se pondera em relação ao passado, presente e ao que se fará no futuro. Novas metas, objetivos, focos e enfoques serão traçados, mas de que adianta inovar e renovar sem a manutenção do que sempre foi justo, certo, correto e sólido....

Relações sociais, ainda que cíclicas ou acíclicas, geram marcas, manchas e ficam para sempre cravadas no livro da história de nossas vidas...

Feliz 2013 á todos.

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