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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A dor que não quer passar...




Desde que tamanha tragédia acometeu o povo Gaúcho, tenho pensado, refletido no valor da vida humana, na nossa pequena existência, no porque de tanta tragédia...
Nos revoltamos, choramos, sensibilizamos...Alguns sequer são capazes de fazer isso, pois olham somente para sua volta, se lixam pros outros ou pros que, para eles, "não fedem nem cheiram"..

Alguns criticam, outros silenciam, mas caindo no clichê da pergunta do facebook, respondo que estou abalado, triste, pesaroso, tentando entender, ao olhar cada foto daqueles jovens que se foram, o porque, pra que tudo isso meu Deus?
Tanta dor, ranger de dentes, perdas irreparáveis..
Poderia ter sido comigo, poderia ter sido um de meus amigos...Meus amigos, entrei em desespero ao saber desse acidente uma vez que tenho amigos queridos, próximos e que estão em vida acadêmica e participam dos eventos da mesma.. A falta de notícia mata, angustia, dói.
Graças a Deus hoje sei que eles estão bem, mas sei também que meus amigos perderam amigos, amigas; pessoas importantes em suas vidas e que estarão eternizadas nas memórias.

Deixo minha máscara de durão cair e me ponho em prantos a cada notícia que vejo na tv, a cada programa que relembra o acidente e que mostra, cita, os falecidos e o pensamento pungente continua " Poderia ter sido eu, lá em Santa Maria ou aqui em Niterói, poderiam ter sido meus amigos...Meu Deus, tão jovens, minha idade, mesmos interesses..."

Choro pelas mães que, assim com a minha,  sonhavam com a formatura de seus filhos e que infelizmente foram obrigadas a testemunhar o sepultamento deles; estou vivo e minha mãe há de me ver formando, o que não falta muito mas, o ciclo da vida é tão imprevisível e essa imprevisibilidade se faz perigosa se atrelada á irresponsabilidade ou descuido de alguns. Ao invés de UFF, poderia estar honrando o brasão da UFSM, faculdade a qual também prestei o vestibular, mas quis o destino e suas peripécias que o resultado da Universidade Fluminense fosse liberado primeiro e eu optasse por vir pra cá...

Não interessa agora, não neste momento de escárnio e dor, culpar, apontar culpados; que isso fique por conta dos que devem - polícia, bombeiros.. Não compete incitar as famílias a revoltarem-se...deixem que vivam seu luto de maneira respeitosa para que depois possam fazer o que tem de ser feito e lutarem por justiça.
Choro em solidariedade aos amigos, colegas da região. Algo que não sei explicar, somente me faz ser solícito.
Ainda que os meus estejam próximos de mim, que os amigos estejam vivos, estamos em luto...

A todos meu singelo e ainda comovido, até breve...

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