Nossa equipe

sexta-feira, 4 de julho de 2008

ENQUANTO ELA NÃO CHEGA



Enquanto ela não chega, toco a vida.
Percorro ruas, memórias, esquinas...
Penso em análise combinatória: múltiplas possibilidades.
Retomo, vejam só, esse engajamento literal perdido. Verdade.
Enquanto ela não chega, eu estudo, pesquiso e desenvolvo.
Arrebanho matizes, estradas e flashbacks.
Descobri que existem coisas que não funcionam sem motivação.
Enquanto ela não chega a facilidade me some. O vocabulário encurta.
Nas melodias sublimes de Corciolli e Chechelero encontro os degraus para subir até lá.
Em cada nota, quando em harmonia, posso me projetar para onde quiser.
Geralmente procuro a companhia do Pai, onde sei que meus verdadeiros amigos me acolherão.
Cada vez que volto deixo saudade.
Sei que sou acompanhado, com muito amor e carinho.
De longe assistem, choram e vibram pela minha pessoa.
Aqui, tento fazer o melhor que posso.
Enquanto ela não chega, refaço meus caminhos.
Ouço novamente aquelas vozes que conviveram comigo.
Vozes de uma jornada ímpar e constante.
Aprendi muito com elas – impossível negar.
Tendo em minha vida a reciclagem de minhas falhas, posso aferir ainda mais minhas experiências. Trabalho e desenvolvo minha bondade, compreensão das coisas incompreendidas por mim até então, acumulo minhas milhagens para ir mais alto.
Se existe um jato não devemos ir até lá de bicicleta.
Não que somos impedidos de pedalar, mas levaremos muito mais tempo e gastaremos mais energia.
Enquanto ela não chega, me reinvento.
Fico cada dia mais dócil, mais resignado e puro.
Ao dormir, às vezes, nos reencontramos. Não é quando queremos, mas quando podemos.
Enquanto ela não chega, faço planos.
Arquiteto momentos, sorrisos, felicidade...
Aprendo com o rolar dos dias o sentido da espera.
Tendo em vista o cenário mundial, enquanto ela não chega às vezes me assusto.
Tenho medo de como os homens vêem dirigindo as nações.
Faltam limites, escrúpulos – falta amor.
Veneram-se os metais de baixa reatividade e a celulose em larga escala.
Enquanto ela não vem, continuo com medo do escuro.
As formas que nele se movem não conhecem a estática.
Aguardo aquele interior fascinante, um envase que guarda – não uma embalagem.
A beleza que encanta não é a que cega.
Olho sempre através das membranas, entre os átomos.
Enquanto ela não chega, caminho, eu, rumo à meta.

* Foto: jardins da praça do Palace Casino em Poços de Caldas - MG que tirei em minhas férias de carnaval em 2008.

Um forte abraço a todos!

4 comentários:

Anônimo disse...

If im in the situation of the owner of this blog. I dont know how to post this kind of topic. he has a nice idea.

Anônimo disse...

Nice blog. Thats all.

Anônimo disse...

encontrei seu blog no apoenicos! voltarei mais vezes para ler os posts com mais tempo...rs! to na faculdade e o carinha da net daqui ta olhando feio...rsrss!!

Gustavo R. disse...

Oi Aninha!
Gostaria de agradecer a visita e pedir desculpas pela demora na resposta do comentário.
Minha vida "anda" atribulada ultimamente.
Adorei o carinho e espero retribuir.
Como vc não deixou e-mail pra contato estou respondendo por aqui.
Sinta-se em casa, faça pedidos e, caso ache necessário, reclame!
Farei o que puder para atendê-la.
Bjos e seja bem-vinda!